sábado, 31 de janeiro de 2009

DESPORTO ESCOLAR

Um pouco atrasado, aqui aparece o calendário relativo aos jogos da SÉRIE A - Juniores Masculinos de VOLEIBOL.

É PRECISO IR APOIAR A MALTA QUE DÁ O LITRO PELA SOARES

Pelo menos a 7 e a 28 de Fevereiro e a 7 de Março vamos encher os pavilhões e gritar :
"na Soares somos campeões"

Eis, então aqui, o calendário:






DATA

HORA

LOCAL

EQUIPA A

EQUIPA B









JOGO – 1ª JORNADA


24.01.09

10:00

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Boa Nova

Leça da Palmeira

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Boa Nova

Leça da Palmeira

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Castêlo da Maia









JOGO – 2ª JORNADA


31.0.1.09

10:00

Escola Secundária Artística Soares dos Reis

Porto

Escola Secundária Artística Soares dos Reis

Porto

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Boa Nova

Leça da Palmeira









JOGO – 3ª JORNADA


07.02.09

10:00

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Castêlo da Maia

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Castêlo da Maia

Escola Secundária Artística Soares dos Reis

Porto









JOGO – 4ª JORNADA


14.02.09

10:00

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Castêlo da Maia

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Castêlo da Maia

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Boa Nova

Leça da Palmeira









JOGO – 5ª JORNADA


28.02.09

10:00

Escola Secundária Artística Soares dos Reis

Porto

Escola Secundária Artística Soares dos Reis

Porto

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Castêlo da Maia









JOGO – 6ª JORNADA


07.03.09

10:00

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Boa Nova

Leça da Palmeira

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Boa Nova

Leça da Palmeira

Escola Secundária Artística Soares dos Reis

Porto







terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CONCURSO DE BANDA DESENHADA




UMA AVENTURA … NA NOVA “SOARES DOS REIS”

E depois de muito matutar, de virarmos e revirarmos todos os “Harry Potter” deste mundo, de vasculharmos os generosos baús da memória colectiva, de nos apressarmos a consultar os sempre atentos calendários das efemérides cá “da aldeia” e de lá “da estranja”, saiu isto:

A União Europeia estabeleceu o ano de 2009, que agora se inicia, como o “Ano Europeu da Inovação e da Criatividade”, orientado pela conjugação de três verbos – Imaginar, Criar e Inovar.

Estamos a estrear uma escola nova: a EASR, a Escola Artística Soares dos Reis, saiu do seu velhinho edifício da Rua Firmeza e veio habitar um edifício feito “de raiz”, com linhas de modernidade, com trajectórias de luminosidade, com recantos de conforto e muitos, muitos apelos aos nossos sentidos. Para nos fazer voar nas asas de mil desejos que é o mesmo que dizer “apaixonarmo-nos”. Em múltiplos universos de Sentido.

Nós, alunos de artes, que para cá vimos todos os dias, de perto ou de longe, da cidade ou das redondezas mais e quase-menos rurais, percorrendo caminhos muito diversos e guiados por estrelas visíveis ou invisíveis de “Reis Magos”, somos chamados a participar num projecto educativo que nos anima e apaixona. Por forma a integrá-lo, de modo gradual e contínuo, na nossa vida presente e futura. Para dar um pouco mais de beleza a nós e ao mundo. Porque é a beleza que salva o mundo, disse-o uma vez F. Dostoiévski. Mas já sabemos como esta causa/cousa das artes dá trabalho. E exige o domínio de técnicas, de construção de ideias, de paciência, tenacidade, teimosia, ousadia, calos nas mãozinhas. E muito mais que aquilo que dantes se pensava: o célebre “jeitinho”. Para esse peditório o Prof. Fundo não dá, diz ele! Nem nenhum de nós. É que ninguém nasce ensinado. Assim sendo, vamos lá ensaiar, explorar, procurar, mexer, dispor, curtir…

Ora aqui estão os ingredientes com que se pode fazer muita história, ou “estória”, ou BD-‘stória. Imaginemos a nova “Soares” um castelo. Onde se guardam muitos sonhos. Ou matéria-prima para eles. Porque foi W. Shakespeare quem disse no seu Hamlet que “nós somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos”.

Pedimos-te que imagines e construas uma pequena história/estória em BANDA DESENHADA (para o concurso Anual) cuja acção deverá ocorrer em zonas identificáveis do nosso novo espaço escolar e que, de alguma forma, concretizem a exploração pessoal e individual deste território que nos é comum e dentro do qual nos procuramos acomodar. Com alegria, conforto e promessa de realização.

Nota: Consulta o regulamento de concurso ao FUNDO DESTA PÁGINA

Janeiro.2009 - JM

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

NEM TODAS AS NOTÍCAS SÃO AS MELHORES


Morreu um "dos nossos" e Grande - Jaime Isidoro.

Não penso que fosse daqueles "reformados" que aparecia aos jantares de Natal ou de qualquer coisa...Mas a sua biografia diz-nos que, aos 84 anos, o pintor portuense Jaime Isidoro tinha no seu currículo a Escola Soares dos Reis como primeiro emblema da sua aprendizagem artística. Como tantos outros que, enquanto alunos e/ou professores, ousaram desafiar a Memória/Nmemósina, pedindo à mãe das Musas a inspiração, ou seja a força de vontade para trabalhar, para desenhar, para insistir nessa tarefa nunca terminada de recriar ou criar o mundo, inventando aquilo que é preciso, porque lhe falta.Nunca é tarde demais afirmar que a Escola, a nossa "escola artística" a "nossa Soares" tem que ser, antes de mais e acima de tudo, uma fábrica de formas, um local onde se vem aprender a trabalhar e no duro. Afinar as mãos até ganhar calos, Que ninguém nasce ensinado, como o sabemos e também o sabia o Mestre Jaime Isidoro. A partir da sua paleta e das galerias que fundou e frequentou. Como a Alvarez. Ou a Dois, na Boavista. Como a Bienal de Cerveira. Por amor à arte e à aventura de com ela abrir janelas nos muros da ignorância, do mau gosto ou da estupidez. Porque a Arte, qualquer que ela seja, estando mais perto do espírito humano, está mais perto da sua liberdade, a grande Terra dos Sonhos!
E este artista foi também um professor e um divulgador da Arte, essa coisa que faz de nós gente, porque é um modo talvez menos infeliz ou mais inquieto de andar por este mundo, apoderando-nos dos seus segredos e mistérios. Porque só assim a cultura é o elemento humano por excelência, o nosso meio vital.
Cumpre-nos a nós, que somos continuadores da Escola Soares dos Reis, honrar a Memória destes nossos Signos vivos. Que nos precederam e honraram, com o seu trabalho, luta, abnegação e amor às causas e às pessoas. E só há uma forma: amando a sua obra e trabalhando com afinco. Paz à sua alma.

José Melo (Professor)

A PROPÓSITO DA VISITA A LÉON


A Propósito da Visita de Estudo a León

«Fui a León para visitar a sua catedral, uma das maravilhas do mundo. Os meus olhos regalaram-se naquele prodígio do humano, posto e composto em nome do divino. A fé não só move montanhas como levanta naves, pinta rosáceas, ergue torres, esculpe estátuas, desenha vitrais, constrói órgãos, borda talhas. Tudo apela numa harmoniosa orquestração para uma fortíssima espiritualidade intensamente vivida. Os artistas, pedagogos do povo analfabeto, ilustravam com uma abundância de expressivas imagens a doutrina bíblica e eclesiástica num catecismo vivo, de luz coada, onde o espírito fecundava (e fecunda) a alma dos crentes que eram a quase totalidade dos homens e mulheres daqueles tempos.

Trouxe a catedral nos olhos e no coração. Rendo-me à sua sumptuosidade, submeto-me à sua majestade hierática. Os seus sinos são hinos que, se não entram nos cérebros, penetram nos corações.»

A. Ferreira de Brito – "Por Entre as Brumas da Memória", Porto 2005, Ed. de Autor, pp. 228/9.

Nasceu esta iniciativa que tem vindo a ser repetida anualmente de um acaso – ou talvez não – de velhos hábitos de leitura dos semanários, ao fim de semana. Foi no "Expresso" que eu vi, já lá vão uns anitos, a notícia do aparecimento do MUSAC, o Museu de Arte Contemporânea de Castilla y León, uma infra-estrutura para o século XXI, a fervilhar de novidades propostas e de jovens artistas, espanhóis e do mundo inteiro, dando uma dimensão cosmopolita a uma cidadezinha simpática, histórica e "de província".

Logo que me foi possível, em viagem de regresso das férias catalãs, lá demandei o sítio. E podem crer que não me desiludi. Primeiro o edifício: extremamente colorido, funcional, amplo e de linhas arrojadas, tal como a "nossa" Casa da Música. Da autoria de dois "jovens" arquitectos espanhóis Emílio Tuñón e Luis Mansilla, superpremiados professores de arquitectura em Madrid e Princeton (USA) que viram o seu projecto de León ser objecto do prestigiado prémio Mies Van der Rohe da U.E., em 2007. Trata-se, enfim, de um fervilhar de ideias e de projectos criativos que levaram este estilo ao Museu de Belas Artes de Castellon, de Zamora ou de Cantábria. Depois o conteúdo das exposições temporárias: muito leves mas profundas, vanguardistas, criativas até dizer "basta!". E com nomes de todo o mundo. Pelo meio, alguns portugueses. Como a "minha" antiga aluna "soaresdosreisista" Filipa César (Azinheira, nos seus tempos proto-artísticos) que deixou no MUSAC a sua marca, prestigiada também pelo prémio internacional que lhe foi concedido há uns anos em Berlim. Depois ainda: porque aqui, em pleno museu, onde não se paga para entrar, percebe-se que a arte "mexe". Informalmente. No sentido literal da palavra. Os visitantes mais novos são convidados a integrar "workshops" e ateliês de trabalho, onde podem desfrutar de momentos de pesquisa e de apropriação de um "real artístico" que lhes poderá saber a pouco, mas que seguramente lhes instalará na cabeça o começo de uma aventura com piada...

E, claro, León tem muito mais que o MUSAC. Tem um velho burgo recuperado, à volta da sua catedral gótica "francesa" (a mais ...de toda a Espanha), chamada "Pulchra Leonina", um autêntico hino à cor e à luz que as palavras do académico e ilustre portuense, que abrem este texto, pontuam com rigor "catedrático". Mas esta aula viva não substitui, nem subestima outros possíveis objectos de conhecimento artístico, tais como a Colegiata de San Isidoro, também designada por "Capela Sistina" do Românico, com o tesouro do trono de D. Urraca e todos os ouros da História das nossas origens pátrias que tanto se fazem reluzir nas calçadas das velhas ruas e ruelas desse magnífico (e bem tratado) centro histórico, onde tudo nos fala do passado, mas também, a um aceno breve do outro lado do passeio, tantos e tantos Significantes arquitectónicos, da moda, da realidade hodierna nos falam do futuro, como se a Modernidade quisesse ter ali, nesse oásis granítico da ampla e quase desértica meseta, um efémero "coup de foudre" com a Tradição, escolhendo, para o fazer, o recanto de um qualquer café selecto e requintado. Não sem se inteirar dos mistérios que dão substância mítica e cósmica ao palácio que Antoni Gaudi veio plantar a esta urbe que é o esplendor do Caminho de Santiago. Trata-se da Casa Botines, autêntica área pétrea de uma oratória mais ampla que vem espargir a sua luminosidade na rosácea da Catedral.

E a nós, pobres visitantes mortais, resta-nos entrar na solene cantata como figurantes, atentos, emudecidos e agradecidos à divina bondade por ainda haver tanta beleza neste mundo para ir repartindo aos pedacinhos. Tenhamos nós a serena ousadia de recolher algumas migalhas.

José Melo. (Professor)