quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

UMA SUGESTÃO

“(…)
Nas escolas portuguesas os alunos não são ensinados a argumentar e a defender pontos de vista, não são treinados no debate de ideias e muito menos estimulados no improviso e na expressão oral. Não existem aulas para aprender a falar em público nem as matérias relacionadas com a comunicação são muito exploradas, e é pena, pois os portugueses apresentam sérias desvantagens num campo cada vez mais exigente e determinante.
Numa era claramente marcada pela comunicação, ter dificuldade em exprimir ideias, em alimentar um debate ou manter uma polémica com quem tem opiniões divergentes é um handicap tremendo. A diversidade de dons é e será sempre enorme e hoje em dia ganha mais quem comunicar melhor aquilo que sabe. Tão importante como pensar e fazer bem as coisas é saber comunicá-las.
(…)”
[SIC][Coisas da Vida – Laurinda Alves / Jornal “Público” de 21.11.2008]

A leitura do texto acima transcrito, fez-nos despertar para uma realidade, não escondida, mas a maior parte do tempo disfarçada, ou até ignorada.

Aí está um novo ano. Um novo espaço se encontra disponível para a Escola “da Soares”. Esta exige-nos o nascimento de um novo ciclo. Renovando, inovando, repetindo até … atitudes!

Que tal começar com a criação de um “espaço”, não à semelhança de um “Clube dos Poetas Mortos”, mas à semelhança da personalidade “da Soares”, utilizando a disponibilidade e o empenho, quer das infra-estruturas da Biblioteca, quer da orientação dos Professores de Filosofia e quer da colaboração de todos os restantes elementos desta imensa comunidade educativa, onde se desenvolva o “saber argumentar e a defender pontos de vista”?

Esta é a primeira proposta que a Associação de Pais e Encarregados de Educação “da Soares” apresenta, neste espaço, para discussão, como contributo para a fecundação desse novo ciclo que é necessário.


Não seria óptimo que conseguíssemos dar respostas a questões, por exemplo: “existenciais” e, em especial, a partir do momento que elas nos são pedidas, depois de convictos das mesmas, e de as interiorizamos, soubéssemos defende-las?

“(…)
É possível não saber nada? O que é não saber nada? O que é ser livre? Para que servem as regras? O que é uma pessoa? Sou a mesma pessoa com 1 ano e com 90 anos? Que realidade têm os sonhos? O nada existe? Qual a verdadeira importância da arte? O que é a verdade? Como sei que é verdade aquilo que penso ser verdade? O bem e o mal existem? Estou destinado para alguma coisa? Uma pessoa tolerante deve tolerar a intolerância? Porque é que um determinado homem para uns é terrorista e para outros um mártir? O que é que ele é verdadeiramente? Existe o altruísmo ou apenas o egoísmo disfarçado? É possível pensar sem palavras? Para quê fazer perguntas?
(…)”
[Texto de um anúncio ao evento: “Um café Filosófico”, realizado no passado dia 30.11.2008 no Clube Literário do Porto]

Não vos está já a crescer água da boca? Não sentem a vontade de dizer, de gritar, as vossas respostas às perguntas que acabaram de ler? Porquê falar só com o espelho e não partilhar? Porquê, em partilha, não crescer?

Vamos a isto…crie-se um “clube”… arranje-se um espaço…, tenha-se vontade!

A Associação de Pais e Encarregados de Educação está à vossa disposição!

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