quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A DIFERENÇA DA INDIFERENÇA


Hoje, como ontem e talvez amanhã, pensa-se que alguém nos virá dizer que devemos ser todos iguais, ou, pelo menos, quase, quase iguais?
O que significa isso? Não darmos significado à existência ou, a ela, sermos inacreditavelmente inadequados?
Ouve-se dizer, por muitos, que a diferença é um direito, mas, por poucos, que devia ser um dever?
E o direito ou dever de ser diferente faz de nós todos iguais? E já seremos todos iguais porque em igualdade decidimos ser diferentes?
E a indiferença?
A diferença permite-nos ser indiferentes? Ao ser indiferente estamos a optar pela diferença ou apenas por sermos todos iguais?
Quando no nosso dia a dia, ao virar de uma esquina, somos incentivados a manifestar o nosso pensar, a defendê-lo e a agir em consonância, estamos a exercer o nosso direito ou o nosso dever da diferença? E o que dizer quando, confrontados com a falta de solidariedade, com a falta de consideração e respeito, optamos pela diferença de ser indiferentes?
Ser diferente é glorificante? E a indiferença é penalizadora? Qual a vantagem de ser indiferente à diferença? E diferente na indiferença?
Dúvidas? Não, apenas questões. E, de momento, apenas duas conclusões:
- “A indiferença é abominável”, e, como disse Sócrates,
- “A vida não examinada não é digna de ser vivida”.

Carlos Ramos

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